Novos tempos, velhas necessidades: como se adaptar ao envelhecer? « Clínica Vitalidade

Novos tempos, velhas necessidades: como se adaptar ao envelhecer?

Todos temos a consciência de que o envelhecimento populacional é um fenômeno global, e que no Brasil este crescimento da população com mais de 60 anos é intenso nos últimos 20 anos.

Temos refletido sobre a necessidade de se envelhecer com qualidade de vida? Nem sempre…!

A correria do mundo moderno não nos permite parar para pensar muito sobre isto, não é verdade? Mas, é urgente a necessidade de discutirmos mais sobre as mudanças psicossociais, biológicas, financeiras e das interrelações familiares que temos enfrentado nos nossos lares com as mudanças demográficas que temos passado.

Hoje em dia, é muito comum encontrarmos pessoas com 70 anos trabalhando com autonomia e independência funcional com performance adequada para as necessidades laborais e as mudanças em diversos setores têm contribuído com esta possibilidade.

Vejam só: temos cada vez mais profissionais de saúde especializados nos cuidados à saúde do idoso, preocupados em manter a qualidade de vida destas pessoas de maneira muito próxima à da sua vida adulta. Isto requer uma assistência ampliada às questões biopsicossociais e às atividades avançadas de vida diária, como lazer, exercícios físicos dentre outras atividades mais complexas que requerem saúde em seu sentido mais amplo.

Lembrando que qualidade de vida e saúde são conceitos que andam lado a lado em suas definições e que, não são apenas os profissionais de saúde que estão envolvidos na busca desta tão almejada meta: saúde/qualidade de vida. Outras áreas estão intimamente ligadas às situações que permitem que os idosos vivam suas vidas de maneira autônoma. Exemplo: as adaptações para os portadores de deficiências físicas. Atualmente, é cada vez mais comum o engenheiro e o arquiteto receberem demandas acerca dos parâmetros técnicos durante a construção, instalação e adaptação de prédios, móveis, serviços e equipamentos urbanos que permitam uma condição de acessibilidade adequada para cada necessidade.

É extremamente importante que o profissional de saúde converse com o arquiteto de modo a viabilizar um ambiente favorável à independência funcional da pessoa idosa, seja nas intervenções mais simples, como a iluminação adequada, uso de tapetes antiderrapantes à outras mais complexas como mudanças estruturais adaptativas em suas casas, nos serviços de saúde e nos equipamentos públicos. Isto sim é contribuir para a manutenção do direito de ir e vir dos idosos…!

E então? Já tinha pensado na sua (qualidade de) vida daqui a alguns anos? Não, né? Viu como não são apenas os profissionais de saúde que estão preocupados com isso?

Vamos pensar e repensar nossas vidas a partir de agora para garantirmos segurança e bem-estar no dia a dia em futuro próximo…!

 

Por Dra. Carina B. Bandeira – Médica geriatra

CRM-CE: 9336 RQE: 7425

Clínica Vitalidade